terça-feira, 4 de outubro de 2011

GUNS N ROSES NO ROCK IN RIO 2011 - RESENHA

Bem, essa é uma resenha de quem não foi no show, mas assistiu de casa duas vezes, uma ao vivo no próprio domingo e outra na terça-feira de noite na reprise. Sempre fui fã do Guns, desde que a banda ficou minimamente famosa no Brasil no final dos anos 80, mas o principal membro pra mim era o guitarrista Slash, que saiu em 1996. Na minha opinião, essa banda que existe hoje em dia não é mais o Guns n Roses, é o Axl Rose com um bando de músicos contratados fazendo cover de uma banda que não existe mais.

Bem, Axl completamente sem voz e sem fôlego pra cantar os refrões. Deu pra ver isso claramente na música You Could Be Mine, reveja a gravação e repare. Além disso, desafina a todo o momento, e nem mesmo aquele grave forte que ele tinha nos tons mais baixos existe mais. Se fosse só o fato de ele estar gordo, foda-se, seria totalmente perdoável, pois afinal todo mundo que fica velho acaba ficando gordo também, mas a voz é o instrumento de trabalho dele, não poderia estar tão ruim assim. Se não consegue mais cantar, se aposenta, vira pianista, vira empresário, abre uma pizzaria em Los Angeles, sei lá.

Fiquei me perguntando também: pra quê 3 guitarristas? Conheço várias bandas fodonas de heavy metal só têm um único guitarrista, 2 já é coisa pra caramba, imagina 3... E os caras se atrapalham toda hora.. cada um usa uma guitarra com um timbre diferente, então quando eles vão fazer cada um uma metade de um mesmo solo, a troca do som fica lamentável, geralmente passa de muito baixo para muito alto, ou de muito alto para muito baixo. Sem falar no som, que é diferente por si só. Além disso é mais gente ruim junta pra errar os acordes, coisa que aconteceu muito durante o show, parecia a banda Chiclete com Banana em cima de um trio elétrico. O verdadeiro samba do crioulo doido. E pra que aquela guitarra sem trastes (fretless) do Bumblefoot? Eu hein... quer tocar violino, muda de instrumento.

E a pirotecnia? Que beleza hein? NÃO! Os técnicos que prepararam esses efeitos nada especiais são uns desajustados. Na música Live and Let Die dá pra ver claramente que não havia a MENOR sincronia entre o que os músicos da banda estavam tocando e os estouros dos fogos no palco. Esse foi um belo momento de vergonha alheia.

Outra coisa que eu reparei: acho que o Axl ficou puto com alguma coisa que aconteceu durante a música Patience, pois revendo o vídeo dá pra ver que ele está cantando absolutamente de má vontade, da metade da música em diante. Ele ainda solta alguma frase do tipo “(...) I AM PISSED” e depois “I GOT NO PATIENCE”, e logo depois sai do palco na hora que o solo principal começa. Quando ele volta pro palco, tá com cara de puto. A mesma coisa aconteceu na música seguinte, Paradise City, em que ele resmunga alguma coisa, faz cara de cu e canta de má vontade. Eu vou assistir pela terceira vez para confirmar, mas possivelmente alguém tacou alguma coisa em cima dele no palco, que é o que deixa ele mais puto.

Mais uma coisa que ficou muito clara pra mim é que ninguém interage um com o outro no palco, parece que estão se evitando. Nem mesmo trocam olhares. Nunca vi uma banda tão fria e sem interação. Só vi o Axl se comunicar com o DJ Ashba, e foi umas duas vezes, quando se apoiou nele enquanto ele solava uma das músicas. O baixista me pareceu o músico mais esquisito, parecia um zumbi balangando de um lado pro outro, também apático. Aliás, o DJ Ashba destruiu uma das suas guitarras contra o palco logo depois de um dos solos que fez, e o Axl atirou o microfone para o público depois da última música, Paradise City. Bem, esses foram momentos maneiros. :)

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