segunda-feira, 18 de julho de 2011

SLASH E DISNEYLAND

Slash, ex-guitarrista do Guns and Roses, como todo mundo sabe, há muito tempo deixou de lado a figura de badboy drogado, beberrão e fumante. Depois que se casou, teve dois filhos e abandonou esses antigos hábitos ruins, agora ainda por cima está participando de músicas também para desenhos da Disney.

Dá um confere nesse link aqui, onde dá pra ouvir a faixa que ele fez pro Phineas and Ferb (acho que ainda não tem aqui no Brasil, pelo menos eu nunca vi). Dá pra perceber claramente o estilo do Slash nos riffs e solos, repare só. :)


domingo, 17 de julho de 2011

TRUSS ROD ADJUSTMENT

Minha Epiphone Les Paul foi comprada nos EUA em Maio deste ano, mas até então não tinha feito absolutamente nenhum ajuste nela. Estava exatamente como veio da fábrica. Minha única queixa, até então, era o fato de que as cordas estavam um pouco altas demais para o meu estilo de tocar. 

Logo na loja onde eu comprei (Sam Ash em NY), o vendedor tinha dado uma olhada na guitarra e confirmado que o braço dela estava um pouco envergado para dentro, e que isso poderia ser facilmente ajustado, em casa mesmo, com o uso de uma ferramenta específica, fazendo uma torção no sentido horário ali no "TRUSS ROD" -- que é aquela barra de ferro que atravessa todo o braço da guitarra, por dentro da madeira, e termina ali no head stock. Se você tiver dificuldades para entender as partes da guitarra, clique aqui.



Ele me recomendou, na época, procurar algum amigo meu que tocasse guitarra há mais tempo, que fosse mais experiente, pois falou que todo mundo que toca há muito tempo está acostumado a fazer esse tipo de ajuste, sem maiores problemas.

Na época eu fiquei pensando: "nem vou me meter a mexer nisso, vou levar a guitarra para um luthier e deixar um profissional fazer o trabalho". Mas, ao longo do tempo, vendo vídeos na internet (como esse abaixo), achei que o ajuste seria muito simples de fazer, e que houvesse qualquer problema, eu poderia voltar à  posição que estava antes, que nada mudaria. E mesmo numa situação muito extrema, bastaria levar a guitarra a um luthier, que ele resolveria.

Pois bem, hoje me atrevi a fazer o ajuste no Truss Rod. A primeira coisa que fiz foi afrouxar todas as cordas para que eu pudesse afastá-las para fora do braço, e assim deixar livre o caminho para o parafuso que segura a tampinhas do Truss Rod sair (essa tampinha é a que tem escrito o modelo da guitarra -- no meu caso, tá escrito "Les Paul Standard").



Aproveitei o ensejo, que as cordas estavam frouxas e afastadas do nut, e fiz aquele esquema de fazer uma "lubrificação" nas ranhuras do nut, usando grafite comum de lápis, para que as cordas escorregassem mais facilmente e desafinassem com menor frequencia.



Bem, feita a lubrificação, tirei os três parafusos e removi a tampinha do Truss Rod. A coisa que me deixou mais intrigado foi que eu não consegui, logo de cara, identificar que tipo de ferramenta poderia utilizar. A extremidade do Truss Rod estava muito "pra dentro" da madeira, e não dava pra ver direito que tipo de ferramenta eu deveria utilizar.



Foi aí que procurei no Google por "tipos de truss rod". Vi que existem vários tipos diferentes, e para cada um deles existe uma ferramenta específica. A minha outra guitarra, uma  Jackson, deve ter um truss rod diferente, porque ela veio de fábrica acompanhada com umas ferramentas bem específicas, e uma delas acho que é para isso.



Olhando com mais calma, consegui identificar o tipo de ferramenta necessária, e o tamanho da bitola. Daí em diante foi fácil, bastou encaixar com firmeza a ferramenta e fazer um giro de 1/4 de volta aproximadamente no sentido horário. 





Uma coisa que eu achei esquisita foi que no vídeo abaixo o cara fala que você NÃO deve ouvir nenhum tipo de rangido, estalo ou coisa parecisa, mas o braço da minha guitarra fez um leve som de madeira rangendo. Acho que é natural um barulhinho de leve, pois trata-se do braço se ajustando (se entortando milimetricamente). Bem, rolou esse barulho ai, mas o braço continua no lugar... 

Depois disso, dei uma olhada na inclinação do braço e realmente tinha mudado alguma coisa. Foi aí que coloquei as cordas no lugar, afinei o instrumento e fiz os testes iniciais. A pegada ficou mais fácil nos solos mais rápidos, e acho que ate'o som da guitarra ficou mais agressivo (talvez pela maior proximidade do encordamento com o captador). Depois desta certificação, afrouxei as cordas novamente e coloquei a tampinha de volta, e tudo voltou ao normal.

Agora, além da guitarra estar mais fácil para solar devido à menor altura das cordas, está mantendo a afinação por mais tempo. Até o ato de girar as cravelhas para apertar as cordas ficou mais fácil, devido à lubrificação que fiz no nut. Recomendo estes dois ajustes a quem ainda não fez (o do truss rod, só se achar necessário), pois melhora bastante o ato de tocar a guitarra, e além disso é uma coisa simples que realmente não necessita de uma ida ao luthier. :)

sábado, 16 de julho de 2011

TRANCE NO VIOLÃO

Um amigo meu me mandou esse link hoje, de um cara tocando Trance num violão, achei que ficou muito bem feito, o som parece mesmo daqueles que a gente ouve nessas festas rave. Obviamente ele colocou um pouco de Delay ali pra dar o efeito necessário né? Repare! O resultado final ficou ótimo.



TOP 50 GUITARRISTAS DE TODOS OS TEMPOS

Descobri que no site da Gibson, no ano passado (2010), os caras divulgaram uma lista com os 50 melhores guitarristas do mundo de todos os tempos, segundo a opinião deles mesmos. Aproveitando tal oportunidade, eles também divulgaram a lista com os 25 melhores segundo os leitores do site. Eles dizem que a opinião dos leitores também serviu como fonte de inspiração e referência na hora de escolher os seus 50 melhores.

Achei interessante que o primeiro lugar ficou com Jimi Hendrix, que normalmente tocava com a guitarra concorrente, a Fender. Também senti falta de: Steve Vai, Carlos Santana (apesar de não gostar muito do estilo dele, reconheço que é muito aclamado pelo público em geral), Mark Knopfler, Joe Satriani, e alguns outros. Veja a lista completa aqui.

P.s.: será que ficou faltando mais alguém? :)

quarta-feira, 13 de julho de 2011

GUITARRAS CHINESAS - RÉPLICAS

Vocês já ouviram falar que tem um site chinês vendendo réplicas de guitarras famosas, como os modelos Les Paul da Gibson e da Epiphone? Esse site aqui é um deles, dê uma conferida. 

Os chineses conseguem imitar quase tudo o que existe por aí, e sempre de forma mais barata que o produto original, mas obviamente com menos qualidade, menor garantia, materiais inferiores, etc. O preço é certamente mais em conta, mas acho que valem algumas considerações sobre este tipo de produto.

1) Guitarras não são produtos extremamente complexos em termos de eletrônica. E como sabemos, a maior habilidade dos chineses é fazer réplicas de produtos geralmente bem simples, como cigarros, uisques, roupas, etc. Logo, você deve estar imaginando que deve ser fácil fazer uma cópia de uma guitarra. Eu tenho minhas dúvidas... Apesar de ser um produto basicamente de madeira, que é um dos produtos em estado bruto mais antigos do qual o homem se utiliza, acho que o que faz uma guitarra ser realmente boa são os detalhes, e não os aspectos mais gerais. É preciso realizar ajustes finos específicos que tomam tempo (e dinheiro) para fazer uma guitarra especial como uma Gibson Les Paul, por exemplo. Não deve ser o caso dessa fábrica chinesa, focada em redução de custos.

2) Essas réplicas (que vêm com o nome GIBSON ou EPIPHONE cravado no headstock) provavelmente nem devem ser legalizadas, não devem pagar royalties ao criador do modelo Les Paul (se é que esse tipo de pagamento existe), nem pros fabricantes originais (Gibson e Epiphone). São cópias não autorizadas, ilegais, que não têm qualquer aval das fabricantes originais. E esses fabricantes não têm uma marca para zelar, são simplesmente falsificadores (obviamente muita gente deve comprar essas guitarras para vender como originais... Fato). Ou seja, o compromisso deles com a manutenção de um alto padrão de qualidade deve ser baixíssimo, pois a estratégia deles é uma estratégia de baixo custo, e não de diferenciação. 

3) Pra um comprador de guitarra, não faz sentido comprar uma guitarra, que em seu modelo original, preza pela qualidade, de um fabricante que utiliza estratégia de baixo custo. É um paradoxo! É óbvio que a guitarra não vai ser nem de perto parecida com a original. Quem compra uma guitarra falsificada como esta para uso próprio tem que ter em mente que é um comprador do tipo STREAMLINER, focado em custo baixo, e não um INVOLVED BUYER, que busca qualidade.

4) Não entendi direito como funciona esse site, mas creio que funcione como um eBAY, ou Mercado Livre, e existam diversos fabricantes anunciando o mesmo produto, cada um fabricando de um jeito, com um padrao de qualidade diferente, e misturados à "massa", ou seja, sem precisar ter um compromisso de qualidade. Mais um motivo para acreditar que essas guitarras são vagabundas.

5) Ouvi falar, através de um amigo, que esses fabricantes são os mesmos que fazem as guitarras Epiphone na Ásia. Mas como é que uma informação deste tipo pode ser confirmada por mim ou por você, que está do outro lado do Planeta Terra? Vai confiar?? La garantia soy yo??

Bem, claro que cada um sabe quais são seus fatores de decisão de compra, mas eu não compraria uma Gibson falsificada. Se for comparar esse modelo falsificado com uma Epiphone original então, pior ainda, pois a diferença de preço é bem menor.


terça-feira, 12 de julho de 2011

GUNS & ROSES SONGBOOK

Estava às voltas com a missão de conseguir tocar os solos das músicas do Guns & Roses, e por muito tempo estive aprendendo via sites com tablaturas grátis. Até hoje não consegui achar um site totalmente decente. As tablaturas nunca são fidedignas, sempre há erros

Foi aí que resolvi procurar por um songbook, oficial ou não. Achei esse site (http://www.uncleguns.elcom.ru/songbook/songbook.htm) com songbooks do Guns scaneados (não só um, mas alguns deles, um para cada LP), e acho que foi o melhor material que consegui até agora, por isso compartilho, vale a pena. É melhor que usar os sites de tablaturas. :)

PARTES DA GUITARRA

E pra quem não conhece os nomes das partes de uma guitarra, segue o croqui abaixo que achei no Google Images. Se estiver difícil de enxergar os nomes, clique na imagem para ampliar.

COMO EVITAR QUE SUA GUITARRA DESAFINE

Bem, atualmente eu tenho uma Epiphone Les Paul e uma Jackson. A Jackson tem aquela trava no headstock que impede as cordas de desafinarem, mas a Les Paul não. Um problema que eu estou tendo com a Les Paul é que ela desafina com muita frequencia. Fico pensando como eu vou fazer no dia que tiver que fazer um show (será?), pois a guitarra vai desafinar a cada música.

Foi aí que pesquisei no youtube e descobri que tem uma forma simples de minimizar esse problema: basta salpicar grafite nos sulcos do nut (que é aquela parte branca onde as cordas ficam apoiadas, no headstock). Veja o vídeo abaixo para entender melhor.

O grafite vai fazer com que a corda escorregue mais facilmente ali, e assim as desafinadas serão milimétricas, ao invés de darem aquelas desgarradas mais fortes e mais extensas, que mudam muito a afinação da corda com mais intensidade. Eu ainda não fiz isso, mas farei amanhã mesmo, e aí compartilho os resultados mais tarde.

terça-feira, 5 de julho de 2011

Backing Tracks

No meu primeiro post eu comentei sobre as idéias recentes para melhorar a vida dos guitarristas, em comparação à situação precária de um passado não muito distante, onde para eles só restavam as toscas revistinhas de violão vendidas nas bancas de jornal.

Uma das coisas mais interessantes que eu vi até hoje é o "backing track". O backing track é simplesmente uma faixa de áudio de uma música popular que contém todos os elementos musicais, exceto a guitarra. Ou seja, é possível baixar uma mp3 com as faixas de bateria, baixo, vocal e algumas vezes guitarra base da música Sweet Child O' Mine, do Guns and Roses, por exemplo, e colocar pra tocar no som, enquanto você dá uma de Slash e faz os solos todos no seu próprio instrumento.

Algumas backing tracks vêm só com baixo e bateria. Outras adicionam o vocal, e outras ainda vêm com a guitarra base, só deixando o papel do solista pra você -- que, convenhamos, é o mais interessante.

Existem várias formas de "vida" das backing tracks. As mais simples são feitas em editores MIDI, o que torna a música um pouco menos parecida com a original, e às vezes (nem sempre) com alguns errinhos pequenos. Existe um outro processo em que uma banda cover de fato vai para o estúdio e grava todos os instrumentos de apoio, exceto a guitarra solo. Ainda tem uma terceira opção, que eu acho que é a melhor: alguém pega a música original e retira digitalmente a guitarra solo (ou usando a gravação original, com os instrumentos separados em cada canal), e assim você pode realmente tocar como se fosse um Slash ou um Kirk Hammet.

Sem dúvida, tocar junto com uma banda, ainda que seja uma gravação de uma banda tocando, é MUITO melhor do que ficar tocando guitarra sozinho. Não tem nem comparação!

Existem muitos sites de backing tracks disponíveis na internet, mas o que eu achei mais interessante foi esse aqui, o Guitar Backing Track.com. Vale a pela conferir!

DE VOLTA À VELHA ESTRADA

Tenho 32 anos e toco guitarra desde os 10 ou 11 anos de idade, mas não de forma absurdamente intensa, e também com grandes hiatos durante todo esse tempo. 

Comecei a tocar num violão Giannini bem velho, acredito que já tinha uns 20 anos, pelo menos, com encordamento de aço Canário. Sempre preferi encordamento de aço por causa (a) da qualidade do som, (b) do volume do som, (c) da maior semelhança com guitarras e (d) pela durabilidade do encordamento. Sem falar que a sensação de tocar num violão com encordamento de aço é bem melhor do que tocar num violão com encordamento de nylon.

Bem, depois de um tempo aprendendo a guitarra, meu pai conseguiu localizar uma velha guitarra que havia na casa da minha avó, que havia servido a ele e a uns tios meus, e reformá-la totalmente, pintando, colocando nova estrutura de acrílico no top, e re-instalando os captadores. Uma pena que eu não tenha nenhuma foto dela mais.

A guitarra era uma verdadeira merda, mas era a única que eu tinha, e não podia reclamar. Meu amplificador, na época, foi um Staner Kute 15, que tenho até hoje. Depois de um tempo ainda consegui comprar um pedal de distorção e um flanger da Chorus (marca brasileira). 

Alguns anos depois consegui comprar um "Thrash Master" da D.O.D. que era bem mais interessante. 




Alguns anos mais tarde, depois de me tornar o fã número 1 do Guns and Roses e do Slash, meu pai conseguiu encontrar uma Giannini Les Paul a um bom preço no jornal Balcão, e essa foi a minha segunda guitarra. A guitarra era da cor bege, e também não era de muita qualidade. 

Os trastes eram um traste, prendiam a corda da guitarra, e o som era tão ruim quanto o da primeira guitarra. Mas me fazia feliz, porque era uma guitarra "igual à do Slash". Nessa época, fiquei muito na dúvida entre ela e uma Les Paul da marca Golden, que era bem mais famosa e popular, e parecia ser mais robusta. Mas foi o que rolou. Também não tenho fotos dessa guitarra, infelizmente.

Depois da Les Paul, juntei uma grana e comprei uma Washburn MG-20 zero KM. Foi a minha primeira guitarra não-usada, comprada com meu próprio dinheiro de mesada acumulada, e acho que custou uns U$ 300,00 numa loja de guitarras que havia na Rua do Matoso, na Tijuca (não me lembro do nome). 


Ela era meio vermelha, meio vinho, tinha um braço fininho, bons trastes, um humbucker na ponte e mais dois single coil, um headstock maneiro (meio metaleiro, até), e tinha um som legal. Foi minha primeira guitarra razoável (não ruim), e por isso fiquei com ela por muitos e muitos anos. Acredito que ela tenha sido minha guitarra principal por cerca de 15 anos.

Foi aí que eu fiquei velho, e resolvi voltar a tocar como hobby. Já estava com 30 anos, e resolvi comprar a guitarra dos meus sonhos. Sempre que eu via os clipes de Sepultura, Megadeth, Pantera, Raimundos, e outras bandas assim, uma guitarra que sempre me chamou a atenção pelo timbre e pela atitude era a Jackson. 

Então resolvi que ia comprar uma Jackson. Pesquisei em muitos sites na internet, sobretudo Rio de São Paulo, e também no Mercado Livre (muambeiros), fiz uma vasta pesquisa, e cheguei a um bom preço para o modelo DKMG Dinky, com ponte tipo Floyd Rose e captadores EMG ativos Zekk Wylde, que em tese seria inclusive fabricada no Japão (que teoricamente tem um melhor controle de qualidade do que países tradicionalmente fabricantes de instrumentos musicais como Vietnam, Korea, China, etc). 


A loja seria a Hendrix Music Store. O vendedor foi muito antencioso, me passou todos os detalhes, fotos da guitarra, etc, e eu fechei a compra, juntamente com um hard case da Gator. Eu pedi pra ele me mandar a guitarra dentro do hard case, pra proteger melhor. Mas infelizmente não foi isso que aconteceu, e a guitarra chegou aqui em casa detonada, com a caixa de papelão rasgada, etc. Chegou até a destruir uma parte dos parafusos que prendem as cordas no headstock (pra não desafinar).

Entrei em contato com a loja, e eles me indicaram um Luthier, esqueci o nome dele agora, mas ele fabrica os baixos Gravina. Parece que ele trabalha com músicos como O RAPPA, dentre outros, e funciona no Rio Comprido, aqui perto de casa. 

Levei a guitarra lá e ele deu uma boa olhada (por conta da Hendrix Music, obviamente), e chegou à conclusão de que o instrumento não havia sofrido avarias estruturais, e então trocou as peças que foram danificadas (arranhadas) por novas (enviadas pela Hendrix), e deu uma boa regulada nela, colocando inclusive as cordas mais baixas, a pedido meu. 

A guitarra, ao meu ver, está 100% mesmo. Ela tem uma pegada muito boa pra metal pesado, das bandas que eu citei, e foi o meu xodó por um bom tempo.

Neste meio tempo, um amigo meu trouxe pra mim uma excelente pedaleira, a PODxt Live, da Line 6, que simula digitalmente amplificadores, pedais de efeitos, etc. Ela é totalmente integrada com o computador, dá pra trocar informações com ele, fazer backup, trocar configurações de tonalidade com usuários da Line 6 no mundo todo, e ainda vem com um pedal Wah wah também. 


Nessa mesma época, não dava mais pra tocar no meu Kute 15 da Staner, então eu comprei, numa loja em Jacarepaguá, um Marshall pequeno de 15W pra substituí-lo. Não comprei um amplificador maior porque achei que não ia utilizar toda a potência dele. 


Só me arrependo de não ter comprado um amplificador valvulado, o que hoje em dia considero ser um gap na minha lista de equipamentos. Um dia talvez eu resolva esse problema.

Por último, depois de todas essas aquisições, na minha recente viagem aos EUA, decidi que voltaria para o Brasil com uma Gibson Les Paul (pra fechar o circuito lá com a minha infância). Cheguei na loja SamAsh, em New York, e havia dezenas delas na parede, todas à disposição pra tocar, experimentar, testar. Falei pro vendedor que eu queria uma Gibson de uns 2 mil dólares, que era o dinheiro que eu tinha disponibilizado pra isso, e testei várias delas. Não gostei muito do som, achei ele meio grave demais... Tinha alguma coisa errada, na minha concepção. Aquela guitarra dos meu sonhos não tinha um som muito maneiro... 

Voltei pro hotel de mãos vazias pra pensar melhor na situação. Achei que 2 mil dólares para uma guitarra com um som que não era muito a minha praia seria muito dinheiro desperdiçado (apesar de que poderia vender a guitarra aqui no Brasil e recuperar o investimento, seguramente). Aí entao, conversando com alguns amigos pelo Facebook, resolvi comprar uma Epiphone, que seria aproximadamente 1/4 do preço da Gibson, e com resultado mais ou menos parecido (para alguém que não é profissional, como eu).

Chegando na loja no dia seguinte, pedi para experimentar as Epiphone Les Paul. Fui testando todos os modelos que havia na loja, Traditional, Custom, Standard, Slash Signature, etc. A que mais me agradou em termos de sonoridade foi a Les Paul Standard Plain-Top, da cor Honey Burst. 


O som não era tão grave quanto o da Gibson, era mais interessante. Até pensei em comprar captadores Seymour Duncan Alnico II Slash Signature e mandar substituir na própria loja, com o luthier deles, mas ia sair o dobro do preço, e eu não sabia como ia ficar a sonoridade da guitarra. 

O vendedor me explicou que provavelmente o som ficaria mais pesado e melhor, mas eu achei melhor não arriscar, e levei a guitarra pra casa do jeito que ela era mesmo. Ainda aproveitei para comprar uns cabos bons (Monster Cable) e também um pedal Wah wah da Jim Dunlop, o Cry Baby GCB-95.

Ao longo do tempo, fui vendendo meus equipamentos mais antigos (a primeira guitarra sem marca, a Giannini Les Paul, a Washburn MG-20 recentemente), e fiquei só com os mais novos (hoje em dia só estou com a Jackson e a Epiphone Les Paul). Estou precisando vender meu antigo amplificador Kute 15, mas falta saco para fazer um video, tirar as fotos devidas, e cadastra-lo no Mercado Livre. Tenho que fazer isso qualquer dia, pois ocupa um espaço aqui no quarto no qual eu não poderia contar com.

Nesse meu retorno às guitarras, nos últimos 2 anos (com a compra da Jackson, da Les Paul, do Marshall, da pedaleira Line 6), pretendo dedicar mais tempo à arte do que dedicava quando era criança/adolescente, e talvez até fazer aulas com um professor (coisa que nunca fiz antes). 

Também destaco a absurda diferença de informação entre aquela época e agora, que facilita muito o aprendizado. O que tínhamos à disposição naquele tempo eram revistinhas de violão nas bancas de jornal, revistas importadas que eram muito caras para nosso poder aquisitivo de estudante de quinta série (Guitar Player, Guitar World, etc) e professores e amigos. 


Não havia internet com tablaturas em vários sites, não havia youtube com aulas de guitarra, sites grátis com dicas, licks, aulas grátis, etc. E o mais legal, que eu descobri há pouco tempo: backing tracks, que são as trilhas de bateria e baixo das músicas mais famosas, de graça, pra voce colocar pra tocar no som e poder acompanhar com a guitarra, fazendo os solos, os riffs, etc. 

A informação era muito mais restrita, e nós não tínhamos acesso a absolutamente nada disso. Nem sabíamos direito o que estava acontecendo nos EUA e na Europa, por exemplo. Mas hoje em dia a coisa mudou e tudo ficou muito mais fácil. 

De qualquer forma, com todas as dificuldades, agradeço ao meu pai por ter me ensinado as notas básicas na viola, as primeiras músicas, e também a afinar o instrumento (básico pra quem quer começar a tocar, pois treina o ouvido).

O negócio agora é arrumar tempo pra treinar bastante, e encontrar os velhos amigos das guitarras para eventualmente formar uma banda e se divertir pra cacete!